A Vivendo e registrando a vida!

Como disse Fernando Pessoa: "Para viver, basta existir".


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Minhas asas



Sob asas frágeis sustento-me
e aos poucos me sinto tão próximo do chão
Sob asas frágeis sentimentos furtivos
que aos poucos afloram em vão

Sob serenas asas o brilho do sol
aquecendo no singelo ser suas vertentes
Sob frágeis asas eu estou, eu sou 
Sob frágeis asas eu vou e voo tranquilamente
Do casulo que me envolvia

Volvem-se as lembranças, de memórias perdidas
Travadas as lutas, sofridas as dores,
choradas as cores que não se possui uma lágrima
Me fiz paz, me vi sereno, me conheci ameno de olhar pacifico

Por vezes brando me reconheci como realmente sou
ou como poderia ser ou ainda como virei a sê-lo
As asas serenas e frágeis já não mais o são

Me fiz complexo e de forças ocultas me fiz liberdade
De fonte inesgotável me vieram as forças 
Não sou eu tão singelo, sou o ímpeto em vigor 
Não mais perto do chão, não mais simples estou

A fragilidade aparenta, a força se apresenta
a dor de uma lágrima furtiva dá lugar 
a um eu com medidas desmedidas, mas
sem atitudes descabidas
comedido em não ser o eu que nesse ser havia

Minhas asas agora são realmente minhas...

Rafael Sisant



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