A Vivendo e registrando a vida!

Como disse Fernando Pessoa: "Para viver, basta existir".


quarta-feira, 27 de março de 2013

Modinha

Te quero bem,

Pois saiba!

Esteja de olhos abertos, lance-se

Mas não se perca nessa infinitude que sou

Não temas o desconhecido,

Aventura-te em mim, pois te quero bem!

Código diamante



Sois fogo ou gelo?

Então...

Aqueça-me ou devoro-te
tomo para mim tua essência, tua alma, tua carne.

Aqueça-me ou deixe-me
Não me terás pela metade, sou um ser de completudes.

Aqueça-me ou afasta-se
Não deixarei que entres sem o devido merecimento.

Aqueça-me ou expulso-te
Serás banido ao esquecimento, serás uma vaga lembrança, um pequeno momento.

Aqueça-me ou esqueça-me
Não me prendas a ti sem paixão, não sou bibelô de estante, de caixa ou de estimação.

Aqueça-me e terás tudo
Acesso irrestrito, a chave de casa, a senha da conta bancária e o meu coração.

terça-feira, 26 de março de 2013

Cênico


Momento de velar-se...
Tudo lhe parece obscuro
Pouco se vê,
formas desconhecidas e distorcidas atormentam,
silhuetas e sombras vazias se aproximam.
Pouco se lê,
Expressões acolhidas pelo desconhecido
distorcem os fatos, não há verdade eficiente o suficiente aqui

Dadas as costa, virada a face
Hora de por a máscara,
Foco ligado e a música começa a tocar
As silhuetas se afastam
Não há nada em volta e a hora é chegada
O corpo fala,
Nada de letras, o verbo é desnecessário
Machuca, aterroriza, distorce e destrói

A música para, o foco se apaga
Você caminha em direção ao nada
Tira a máscara e despe-se
Músculos a mostra, um arrepio,
de repente uma cegueira causada pelo forte foco em sua direção
Você faz a reverência, agradece com todos os gestos possíveis
O verbo é desnecessário.

Você se vira, caminha em direção à escuridão
Percebe os sons de aplausos quebrando o silêncio
Para e ouve, é de perde o fôlego, e ganhar-se o gozo
Volta a si, continua a caminhada, de repente o seu corpo se apaga no nada e então, o fim.

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