A Vivendo e registrando a vida!

Como disse Fernando Pessoa: "Para viver, basta existir".


terça-feira, 26 de março de 2013

Cênico


Momento de velar-se...
Tudo lhe parece obscuro
Pouco se vê,
formas desconhecidas e distorcidas atormentam,
silhuetas e sombras vazias se aproximam.
Pouco se lê,
Expressões acolhidas pelo desconhecido
distorcem os fatos, não há verdade eficiente o suficiente aqui

Dadas as costa, virada a face
Hora de por a máscara,
Foco ligado e a música começa a tocar
As silhuetas se afastam
Não há nada em volta e a hora é chegada
O corpo fala,
Nada de letras, o verbo é desnecessário
Machuca, aterroriza, distorce e destrói

A música para, o foco se apaga
Você caminha em direção ao nada
Tira a máscara e despe-se
Músculos a mostra, um arrepio,
de repente uma cegueira causada pelo forte foco em sua direção
Você faz a reverência, agradece com todos os gestos possíveis
O verbo é desnecessário.

Você se vira, caminha em direção à escuridão
Percebe os sons de aplausos quebrando o silêncio
Para e ouve, é de perde o fôlego, e ganhar-se o gozo
Volta a si, continua a caminhada, de repente o seu corpo se apaga no nada e então, o fim.

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