Vai corpo, fala!
Diga com fé o que sentes
Seus tenros e intensos amores
Suas loucas paixões, as mais ardentes.
Apodere-se dos pés, pernas, troncos e mãos
Utilize também o poder que tem a fala
Deixe sair os versos à boca
Expresse aquilo que mais te abala
Estabilize-se com verbo exposto
Não represe o que sente este corpo
Não há mal em mostrar o seu gosto
Pelo alguém que seu coração te tem proposto
Abra as comportas deste musculo pulsante
Repare e espalhe os sentimentos errantes
Sejam eles intermitentes ou abundantes
Sejam eles melancólicos ou excitantes
Diminua com o verbo a dor que insiste em te ferir
Ou exploda com intensos gestos todo o ardor que possa
existir
Fale, expresse, exale a sensualidade que há em ti
Se permita, se entregue, diga o que a tua vontade exigir.
Vai corpo, fala!
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