Inspire...

Agora inspire... Profundamente!

Se isso for verdade, que assim seja... Eterno!

Então respire...

Coloque pra fora... Agora!

O que preso está, o que não dá pra segurar, o que te faz cantar, o que te move a acordar, o que faz teus pulmões se inflarem... Que dure... Que te segurem, que te amparem!

Pois então, pelo que esperas?

Pule!

Daqui nada se vê, nem o fundo, nem o mundo... Nada!

Mas que cego siga o meu coração ao teu encontro, no fundo que parece não ter fundo!

Escuridão... Então inspire... Respire!

Agora inspire... Novamente... Profundamente...

O que sentes?

Tal tontura vem daqui ó? Do coração!

É um fenômeno sobrenatural  que sofre o pulmão e de repente contagia o coração

E assim tudo gira, colorido como sonho de criança!

Dá medo!

Pois é... Mas não dá pra viver sem... Vicia os mais fortes homens

Prostra os mais poderosos comandantes, tornando-os eternos amantes...

E se acabar? 

Tudo pode acontecer ou do nada o nada vingar... Tudo pode acontecer!

Mas caso comece a findar-se, os efeitos anestésicos, alucinógenos e inebriante da paixão, que da ultima centelha surja pois a esperança para que se cresça o mais tenro sentimento... O amor!

Que acalanta, amansa e nos enche de esperança...

Que alivia as dores, que vicia de leve, mas que causa grandes efeitos anti-colaterais, naturais aos cegos amantes, desmedidos e irremediáveis. Esses efeitos são inesperados, imprevisíveis, não se pode acompanhá-los.

Não exija compreensão! Apenas, viva!   

Mas se for um sonho?

Se verdade não for... Que queime como folhas... Folhas secas!

Que depois de tudo, lhe sobre o nada de ser...

Mas que se tenha a certeza de foi eterno enquanto sentido. E que desse fogo se sinta o calor da nostalgia que nada alivia,

Que arda até não sobrar mais nada!